CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE CASCAS DE CAFÉ: UM ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O PROCESSAMENTO VIA SECA E FERMENTADO
DOI:
https://doi.org/10.31692/2595-2498.v3i2.510Palabras clave:
Casca de café, Reutilização de resíduos, Subprodutos sustentáveisResumen
O processamento do café gera uma quantidade significativa de resíduos, sendo a casca um dos principais subprodutos deste processamento, rica em matéria orgânica, nutrientes e compostos bioativos, como cafeína, polifenóis e taninos, no entanto, essa matéria-prima é descartada de forma incorreta, sem aproveitar seu potencial bioativo. Com a crescente preocupação com a saúde, o meio ambiente e a qualidade de vida, os consumidores têm buscado produtos sustentáveis, incluindo o café orgânico e o uso de subprodutos de forma sustentável. O objetivo deste estudo foi caracterizar as cascas de café orgânico arábica processadas por via seca natural e fermentação anaeróbica na região de Taquaritinga do Norte, em Pernambuco, e comparar estatisticamente os resultados obtidos para fins de usos alimentícios. O estudo foi conduzido utilizando cascas de café processadas por via seca natural e fermentação anaeróbica, coletadas em duas fazendas na região de Taquaritinga do Norte. Foram realizadas análises físico-químicas nas cascas, incluindo umidade, cinzas, lipídios, proteínas, atividade de água, pH, condutividade, acidez, sólidos solúveis, cor, açúcares redutores e cafeína. Os resultados mostraram diferenças significativas entre as cascas processadas de forma natural e fermentada em relação a diversos parâmetros. A partir destes resultados, com estas características observadas em cada tipo de casca, é possível determinar em qual ramo cada uma seria melhor aplicável, contribuindo para a reutilização das propriedades características e o prolongamento da vida útil deste resíduo. Demonstrando a importância de estudar sobre os processamentos pós-colheita do café e como influenciam nos subprodutos gerados, sendo necessário investir de forma contínua na pesquisa e inovação da produção de café, sendo possível que o produtor consiga definir, de forma viável e eficiente, um melhor direcionamento de seus resíduos gerados pelo aumento na demanda e consumo de cafés.